MOÇA!
Moça! Por que ainda hoje quando te vejo,
Me passa pela mente somente o olhar
Daquela criança?
- Sei que o tempo passou, e já não tens mais
A inocência de sua infância...
Moça! Por que ainda hoje quando passa
Pela calçada, (mas agora de salto alto)
Só consigo lembrar-me daquela menina
De pés descalços, a jogar amarelinha,
E brincar de ciranda?
- Mas, por quê? – Por que moça?
Moça! Por que ainda hoje quando seus olhos
Enchem-se de lágrimas, agora por motivos
Diversos, sentimentos dispersos machucam
Mais que do que mil palavras?
- Por quê? Porque moça?
Moça! Por que ainda hoje meu peito aperta
Quando toma decisões incertas mesmo eu
Sabendo que é por pura inexperiência?
- Por que moça? - Por quê?
Moça! Tu que entraste em minha vida
No momento em que tua mãe deste a luz
Por mais que cresça!
- Será sempre minha criança.
(Flávio Cardoso Reis)
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