quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A SOLIDÃO E EU...

Eu existo, mas a solidão também!
Tendo como condutor, minha própria vida,
Minha lembrança, infinita saudade,
Meu inesquecível e profundo amor.

Vários tipos de solidão me acompanham...
Hei de ficar só, viver só ou sentir-se só,
Ter companhia e continuar só.
Solidão... Como é triste esse vazio.

Sentir falta de alguém distante.
Sorrir ao lembrar-se de cada encontro
Que fortaleceu nossas vidas, nos envolveu.
Paralisou e alimentou grandes sonhos.

Recuperou nossos corações vazios,
Injetando muita paixão, esperança...
Numa manhã que nunca resistiu,
Após grandes bailados do amor.

Mas como romper essa aliança.
Deixar sangrar, sem olhar no outro rosto
Cansado de saciá-lo de tanto amor,
Deixar uma louca manhã nascer pra esquecer.

Com a certeza eminente da dor,
Que semeia tristeza e solidão.
Meu íntimo, meu instinto, aceita essa separação,
Quando juntos sentimos o brotar dessa união.

E a solidão de nada ter, de tudo perder...
Aceita sem gritos, com olhos aflitos,
Um fato consumado, arruinado sem forças,
Por que separar? Porque acabar?

Se é tão difícil de achar... Sua cara metade,
Como num conto de fadas...
Um amor e uma cabana, amargo fim.
Sentir-se dona da razão...

Ter autoridade nesta questão ou,
Apenas aceitar a desilusão.
Talvez, devido à amargura que sinto,
Não saiba definir esse sentimento.

E mais uma vez na minha cruel covardia,
Aceito! Eu existo e a solidão também.
Que vive lacrada no meu coração.

Eu te amei, eu te amo, eu te amarei.
Mas não te quero mais na minha vida...!

Cláudia Vidinhas

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