A POESIA
A tua graça estranha rege o meu destino...
Com peito de ouro e rubro me fizeste em paixão.
Em meus desejos fizeste morada, e a desatino,
por teu amor eloquente me prendeu o coração.
As entranhas pertencentes, e ambiciosas do medo,
que são no teu corpo de uma fragrância desejosa
designaram em mim tentações, e em segredo
eu as tenho nas mãos, sem que imperes, formosa.
Como és de mim a vida, o som, o ar...
Mais do que pude ergui-me, aos devaneios loucos.
E como pusestes aos céus as minhas noites de luar,
condenado em ti, vejo-me findar, aos poucos.
Tu és a tormentas que me constrói à eternidade...
O fastigioso mal que me impera, para o amor nobre;
é quem me falta à vida, nos dias de saudade...
Mas é a que me ama! que me intui, e que me cobre!
(Poeta Dolandmay)
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