Há um enigma que habita as emoções,
embutido no silêncio acurado da hora
e arraigado na noite mais funda do tempo.
No sentimento, colhemos remansos de carinho,
em aconchegante refúgio da alma,
mas também rasgamos a face do verbo
e nos quedamos, como a chave, da qual levaram a fechadura.
Não há a frase definitiva, isenta de surpresa.
O risco é algo pretensioso que,
encorajado pelo desejo, forma nuvens buliçosas
e nos impele a adentrar o mistério das coisas
como um puma à espreita, pronto para o pulo.
E na incerteza certa, seguimos à deriva.
Não há mapa que indique o caminho,
só pistas que exigem uma percepção astuta
e atenção para pressentir o menor movimento... no escuro.
Basilina Pereira
Olá Gabriel, que lindo seu blog, parabéns! É uma honra pra mim ter meus poemas postados aqui. Fique à vontade e poste quantos quiser. Vou ser seguidora do blog, ainda mais com a música do Elvis, que adoro.
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