quinta-feira, 1 de julho de 2010

MORADA...


Moro nos umbrais da poesia,
Tenho sensações e urgências em escrever,
Palavras são menores que meus silêncios
Equilibro-me nos versos que tento ter.

Entender a dualidade de um ser
Nem sei como e nem porque,
Entre inteligência e a estupidez
Aceito como bênção a minha pequenez.

Tenho a doçura mansa do possível
Em meio a verdades e mentiras,
Ser real é meu pecado perdoado
No destino traçado dos meus dias.

Minha face é esfinge de pedra,
Nunca me exponho por inteira,
Amo perdidamente ser apaixonada
Pelo amor e sua lança certeira.

Morro docemente todas as noites,
Para renascer em todas as manhãs,
Corpo e alma em perfeita sincronia
A espera da felicidade na brevidade do dia.

MÁRCIA ROCHA

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